Durante a quinta temporada da BattleBots, campeonato mundial de luta entre robôs, a equipe Uai!rrior, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), está presente mais uma vez com o robô Black Dragon, sendo representada por oito de seus membros: Gabriel Gomes Maia, Gabriel Silveira Teles, João Marcos Giacometti Cavalheiro, Luís Gustavo Rufino de Souza, Mateus Cintra Costa, Moisés Araújo de Moura, Murilo Sanchez de Oliveira e Tarcísio Rezende Madeira. O próximo combate aconteceu no dia 11 de março, quinta-feira, contra Ribbot, importante luta para levar a equipe à semifinal da competição. Ainda sem data prevista de estreia no Brasil, os episódios dos combates estão sendo transmitidos pela Discovery Channel USA.
Segundo seus integrantes, a Uai!rrior, fundada há mais de 20 anos nas dependências da UNIFEI, vislumbrava e almejava, desde seu início, uma vaga nessa importante competição, e tal sonho foi realizado pela segunda vez. “Estamos imensamente gratos por todas as oportunidades que culminaram em nossa participação nesta temporada, bem como a posição alcançada dentro da competição”, manifestaram-se os membros da equipe, por ocasião da conquista.
Eles reconhecem, entretanto, que o caminho até alcançar boa colocação na disputa foi cheio de dificuldades impostas pelas circunstâncias. “Todo o processo para as competições foi composto por desafios, e a preparação do Black Dragon colocou-nos inúmeros problemas, como a busca de parceiros, a demora para a confecção e a chegada das peças usinadas, a soldagem de novas saias - estruturas de proteção frontal dos robôs - e a aquisição e produção de peças de reposição, que, se somadas, satisfariam a construção de três Black Dragons completos”, explicaram os componentes da Uai!rrior.
Pelo advento da pandemia da COVID-19, o evento foi reagendado, os desafios da equipe foram ampliados e as esperanças de que o evento ocorresse foram reduzidas. O sonho, então, foi também ficando mais distante, visto que a fronteira do Brasil com os Estados Unidos da América (EUA) tinha sido fechada.
Porém uma luz no fim do túnel surgiu com a possibilidade de tomar uma rota alternativa para os EUA, fazendo uma estadia no México, no qual uma quarentena de duas semanas serviu como um sopro de ânimo e união para a equipe, como também uma pausa para reforçar os treinos dos pilotos e estudo dos oponentes. Após esse período, os integrantes da Uai!rrior seguiram viagem para o destino final.
Com a chegada em solo norte-americano, a primeira impressão concretizou-se como um choque de realidade para a equipe, que encontrou uma competição completamente nova e com desafios e robôs diferentes dos que estavam acostumados a enfrentar no Brasil. Ao perceber que estava preparado para enfrentar esse novo obstáculo, o time mostrou-se motivado, manifestando a unidade ainda maior que há entre seus membros.
A primeira luta da equipe na temporada foi contra o robô Kraken. “Todos estavam bem ansiosos e com os nervos à flor da pele, todavia conquistamos a vitória, e com ela o alívio de perceber que estávamos preparados. Assim iniciamos nossa jornada na quinta temporada”, disseram os integrantes. No segundo combate, contra o robô Claw Viper, a equipe também obteve vitória por KO. Mais detalhes e a análise feita estão no Instagram da equipe: @uairrior.
A terceira luta foi contra o robô CopperHead, em que a equipe foi derrotada, porém o Black Dragon fez uma boa atuação, mantendo-se seguro durante todo o enfrentamento. “Foi necessária a intervenção dos juízes para a decisão final. Esse fato mostrou para todos, e principalmente para a equipe, que podíamos alcançar um prêmio tão almejado, enfrentando um robô tão bem avaliado na competição”, explicaram os membros da Uai!rrior.
Em seguida, a equipe enfrentou o robô SlamMow e teve um grande desempenho, conseguindo um nocaute aos dois minutos de luta. “Durante essa batalha, colocamos nosso fogo em prova, o qual funcionou durante todo período do combate”, detalharam os integrantes.
Mais à frente, a Uai!rrior deparou-se com um dos robôs mais antigos e com maiores Win Rates da competição, o Tombstone. “Sempre foi um sonho da equipe enfrentar esse adversário tão tradicional. Foi uma luta em que o time se dedicou muito, construindo uma proteção frontal - saia - específica para esse desafio. Começou, então, o combate e, após algumas pancadas grandiosas, o Tombstone, assim como o Black Dragon, tiveram suas armas danificadas, não conseguindo usá-las durante o restante da partida”, disseram os componentes.
Após os três minutos de luta, e de muita agressividade do Black Dragon, os juízes votaram unanimemente a favor do time da UNIFEI, decisão que levou a uma reação de comemoração e felicidade dos membros da equipe. “Cada luta para nós é um desafio. Nosso próximo embate será no dia 11 de março, quinta-feira, contra Ribbot, que nos levará para a semifinal da competição. Então fiquem ligados em nossas redes sociais para não perderem nenhuma notícia do Black Dragon”, concluíram os membros da Uai!rrior.